" Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."
Clarisse Lispector

domingo, 13 de dezembro de 2009

Nostalgia

Lembranças e recordações
Nas fotos guardadas
Nas cartas dobradas
Nas camisas riscadas
Nos vídeos gravados
Na memória arquivada

Momentos vividos
Jamais esquecidos
Há tanto tempo distantes
E só saudade restante

(Raquel Carvalho - 12/12/09)


Er, vivi um momento nostalgia ontem... nem parece que foi tudo a três, ou mesmo dois anos atrás... era tudo tão diferente...
E a cada foto que eu olhei, a cada vídeo que assisti, a cada frase que li, seja nas cartas por nós trocada, seja nas camisas riscadas de final de ano, seja nos depoimentos e recados de orkut, vinha em minha mente cada detalhe daqueles dias em que fomos uma IRMANDADE... várias lembranças de momentos alegres, impressionantes, divertidos, ou mesmo tristes e decepcionantes, mas de qualquer forma marcantes, começaram voltar e habitar em minha mente!
Ai começou a bater aquela sensação que até hoje não consigo descrever em palavras, é uma mistura de prazer e alegria e saudade doída....
Hoje tudo está bem diferente...
Alguns seguiram seus caminhos por outros lugares e não os vejo mais
Outros, apesar de perto, acabaram se afastando
Há também aqueles que continuam sempre comigo, física e espiritualmente, e pelos quais tenho um amor e gratidão enormes!
Mas todos permanecem de certa forma ainda comigo, na minha memória, em minhas recordações e em meu coração!

Fica aqui essa homenagem a todos estes que fizeram parte de minha história e que me marcaram profundamente, cada um do seu jeito!
Eles sabem quem são, a nossa ex, mas eterna, IRMANDADE!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Haunted

Uma garotinha entre 8 e 9 anos, usando um vestido branco, está andando pela rua da vizinhança, balançando uma bola vermelha. De repente se aproxima de uma casa imensa e obviamente deserta, com uma atmosfera um tanto quanto sinistra, fazendo sua atenção se virar da bola para a casa. Não mais prestando atenção no movimento da bola, esta atinge o meio-fio e ricocheteia em direção à casa. Enquanto a menina segue a pequena bola em direção à casa, ela começa a ganhar movimentos não naturais, quicanco em direção à grande porta da frente aberta. A garotinha para por um momento, olha para a casa, que agora parece estar encarando-a, e cuidadosamente entra para procurar a bola vermelha. Enquanto calmamente anda para o átrio, observa a decadente bagunça que um dia fora obviamente uma bela mansão. Ela fica hipnotizada pelo maravilhoso detalhe de cada centímetro do corrimão, finalizando o que parecia uma escada infinita a sua frente. Repentinamente seus pensamenetos são quebrados por um tumulto horripilante. Ela se vira rapidamente para alcançar a porta da frente, mas encontra somente uma parede lisa onde a porta ficava anteriormente. Assustada, ela corre pelo primeiro corredor que viu, tentando desesperadamente encontrar uma saída, mas a cada esquina o mundo atrás dela muda, moldando-se de acordo com o desejo da casa, de um modo que até mesmo encontrar o caminho de volta para o átrio onde começara se torna impossível. Assustada, a garota se encolhe em um canto, esconde o rosto com as mãos, e chora.

10 anos depois...

A menina acorda em pânico, agora uma jovem mulher. Suja, levemente machucada. Agora ela está vestida com uma calça preta, botas de trabalho. Sua pele está branca e suja. O sol não ilumina sua carne há uma década. Ela se levanta e encontra uma refeição em uma bandeja suja de prata à sua frente, somente o suficiente para dar-lhe sustento, como todas as outras manhãs. Colocada ali por uma figura que ela apenas pode ver de passagem, por um canto, atravessando uma porta... Uma figura que se tornou seu único amigo, e seu único ódio. Toda a sua existência se transformou em nada além de caçar e tentar destruir essa sombra que a mantém ali. Enquanto ela o caça incansavelmente, dia após dia, ela se perde na dicotomia de sua existência. Essa coisa que a mantém no local, essa pessoa que repetidamente viola sua mente e a observa enquanto dorme, se tornou seu único amigo. Se não fosse essa pessoa que restou ela deixaria de existir. Ela vive só para matá-lo. Mas vive somente GRAÇAS ele. Todos os dias a casa muda a sua volta, então todos os dias ela acorda em um lugar desconhecido. A única constância... é ele. Ela ouve o coração dele batendo, seu cheiro, ela só pode pensar em encontrá-lo, mas ele também é a única coisa que ela conhece sobre o amor.

Autor: Ben Moody




(História que inspirou Amy a compor a música Haunted do Evanescence!)


http://www.youtube.com/watch?v=h0eSzk37IVc