" Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."
Clarisse Lispector

domingo, 12 de outubro de 2008

Renata e o Telemarketing

- Alô?!
- Alô, gostaria de falar com a senhora Raquel.
- Sou eu mesma.
- Olá, Boa tarde! O banco Itáu já entrou em contato com a senhora?
- Ahnn... não! (breve pausa) Renata?
- Quê? Fermata?
- Não! Renata! Renata eu sei que é você!
- Desculpe senhora, mas aqui é do banco Itáu...
- Ah, Renata, eu sei que é você! Eu conheço sua voz...
- Olha, senhora, acho que você está se confundindo, você pensa que é uma amiga sua mas aqui é do banco Itáu.
- Renata, pára de brincadeira, eu sei que é você!!!
TUM, TUM, TUM


Gente, eu realmente achava que era a Renata, não foi nenhuma nova fórmula para me livrar desse maldito Telemarketing!!!

Mas já que funcionou, quem sabe eu não comece a adotar essa técnica!!!
rsrsrsrs

domingo, 5 de outubro de 2008

Inusitado

Finalmente um "poema" novo...!
^^

Inusitado

Sem perceber você proporcionou o inusitado
E como qualquer novidade provocou um pequeno temor
Aquele friozinho na barriga, mãos suando, tremor nas pernas
O coração palpitanto cada vez mais forte e intenso

Emoções típicas dos momentos de expectativas
Expectativa essa que começou a tomar conta de todo o corpo
Mas ninguém notou, VOCÊ não notou
Tudo passou desapercebido

Chega então o momento tão aguardado
As emoções passadas cedem lugar a novas
Surge a sensação de proteção e aconchego a tanto tempo distantes
E uma felicidade inesperada percorre cada centímetro do corpo

Entretanto sabe-se quão ínfimo será esse momento
Ele não se perpetuará, durará aquenas aquele pequeno instante
Aproveita-se então cada segundo dessa sublime sensação
Nenhum detalhe poderá ser perdido

E por mais consciência de que esse sentimento não se estenderá
Ainda sim, lá no fundo, na parte mais profunda do âmago
Existe uma ínfima esperança da permanência
E sem perceber, sem ao menos querer por saber da dor que isso vai causar, alimenta-se essa esperança

Esperança essa que não se concretiza
Mas não se martirize por isso, a culpa não é sua
Na realidade a culpa não é de ninguém
As coisas sempre foram assim, porque mudariam logo agora?

(Raquel Carvalho)
04 de outubro de 2008